Tem coisa que dói, e
dói muito! Hoje estou assim, novamente sentindo uma dor daquelas.
Acontece que as pessoas não percebem que nos causam essas dores e
isso parece-me o que causa mais dor.
Faço sempre um
exercício que aprendi muito cedo: colocar-me no lugar do outro.
Muitas pessoas dizem fazer o mesmo mas costumam dizer: mas se eu
fosse ela, não teria feito assim, teria feito assado!
Isso não é colocar-se
no lugar do outro. O que procuro fazer (embora não seja fácil) é
imaginar os motivos que levaram as pessoas a tomar aquele caminho.
Constantemente me relembro de que uma história sempre tem dois lados
e que, quase sempre, os dois estão certos. Nunca tomo partidos em
separações de casais, brigas de amigos, etc. Afinal, como diz a
música “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.
A minha dor é essa. Às
vezes sinto que as pessoas, embora queiram que eu as entenda, não
fazem o menor esforço para me entender. As atitudes são
interpretadas, ações julgadas, a ré condenada. Só fica faltando
comunicar a sentença. Pois, por favor me comuniquem pois é
complicado andar por aí sem tomar conhecimento de um mandato de
prisão. A defesa parece ao mesmo tempo desnecessária (uma vez que
ninguém a procura) e inútil, visto que todos parecem já ter
certeza de minha culpabilidade.
Espero que ninguém
vista a carapuça. Este post não tem por objetivo dar
indiretas, alfinetar ninguém ou expurgar raiva. Na verdade, seu
propósito é reflexivo mesmo. Já aconteceu na minha própria
família. Em algum momento preciso de ajuda e ninguém pode ajudar
pois todos têm suas devidas vidas e compromissos. Aí, quando elogio
os outros, que largaram tudo para me estender a mão, sou a
mal-educada, a “difícil”. Vem cá, falei de você, por acaso?
Essa semana, outra vez,
levei outro golpe. Mais uma vez, de onde menos esperava. Engraçado
que cada um faz o que tem vontade. Nunca me ofendi com nada e nem vem
ao caso citar cada situação já que o blog não é para isso,
porque sempre procurei entender os motivos das pessoas e preservar o
direito delas de gostar ou não de mim.
Mas fico triste em
saber que muita gente nunca quis me conhecer de verdade. Gente que
convive comigo há muitos anos e tem definições completamente
equivocadas a meu respeito.
Aí, fico pensando se
vale a pena conversar, tentar explicar, desfazer o mal-entendido.
Será que alguém que já se encontra convencido de que sou
mau-caráter tipo Carminha vai mudar de ideia só porque eu disse que
não é desse jeito? Será que quem teve tantos anos e chances para
me conhecer (alguns, a vida toda), vai agora se abrir de verdade?
Realmente não sei. A
impressão que tenho é que todas as vezes que relaxo, tenho uma
adaga cravada em minhas costas. As pessoas dizem fazer as coisas por amor mas, que amor é esse cheio de condições? Se você não faz o que eu acho certo, tá cortado! As pessoas falam em Cristo, em Deus, oram todos os dias mas, esquecem de prestar atenção no que diz a oração:
Perdoai as nossas ofensas
Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido
Queridos amigos (ou
não), não pensem que estou depressiva ou sofrendo, ou com raiva.
Dói sim mas, minhas dores eu curo cantando aos berros dentro do
carro e chorando quando ela transborda. Em poucos dias, tudo volta ao
normal, ou quase. Mas uma coisa é certa: a vida é um manancial de
bençãos, com alguns probleminhas salpicados no meio. Depois de tudo
isso processado, vou achar uma solução.
Vou terminar com a música O Mundo, do Capital Inicial, que descreve bem o momento.
Você que já esteve no céu
Foi tudo divertido pra você
Chega a hora então
De provar tudo que existe
Tire agora os sapatos
Jogue tudo pro alto
Sinta o chão
Aprender a andar descalço
Num mundo de asfalto
E sem coração
Até que o mundo gire ao seu redor...
Thuruthu, thuruthu
Thuruthu, thuruthu
Thuruthu, thuruthu
Thuruthu, thuruthu
Obrigado por passar
Mas estou de saída
Tem alguma coisa nova pra fazer
Vamos lá então
Ter um dia diferente
Eu só quero curtir
Ficar à toa, viver numa boa
E você quer respostas
Exige provas e músicas novas
Até que o mundo gire ao seu redor...
Vão falar que você não é nada
Vão falar que você não tem casa
Vão falar que você não merece
Que anda bebendo, está perdido
E não importa o que você dissesse
Você seria desmentido
Vou falar que você usa drogas
E diz coisas sem sentido
Se eu for ligar
Para o que é que vão falar
Não faço nada...
Eu procuro tentar entender
Porque eu sou
Tão importante prá você
Já que é bem melhor
Ser importante prá si mesmo
Eu não quero mudar
Ser mais discreto
Ser mais esperto
Já cansei de propostas
Dar respostas
E ter que dar certo
Até que o mundo gire ao meu redor....
Vão falar que você não é nada
Vão falar que você não tem casa
Vão falar que você não merece
Que anda bebendo e está perdido
E não importa o que você dissesse
Você seria desmentido
Vou falar que você usa drogas
E diz coisas sem sentido
Se eu for ligar
Por que é que vão falar
Não faço nada...
Thuruthu, thuruthu
Thuruthu, thuruthu
Thuruthu, thuruthu
Thuruthu, thuruthu
Vão falar que você não é nada
Vão falar que você não tem casa
Vão falar que você não merece
Que anda bebendo, está perdido
E não importa o que você dissesse
Você seria desmentido
Vão falar que você usa drogas
E diz coisas sem sentido
Se eu for ligar
Por que é que vão falar
Não faço nada...
Thuruthu, thuruthu
Thuruthu, thuruthu
Thuruthu, thuruthu
Thuruthu, thuruthu