terça-feira, 16 de outubro de 2012

O Brasil Racista


Hoje ouvi na rádio uma notícia que me deixou triste. O Brasil terá 50% das vagas em Universidades e Institutos Federais reservados para alunos de escolas públicas, negros e índios.
Para mim, é o atestado do racismo e da discriminação brasileira. Discriminação não se resolve criando diferenças mas, igualdades.
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/10/mec-publica-regulamentacao-da-lei-das-cotas-nas-universidades-federais.html
Quem sabe escolas públicas de qualidade para que eles possam competir com os filhos das classes A e B em igualdade de condições? Isso não! Dá trabalho, leva tempo...
Muito melhor é enfiar um monte de alunos sem base e que muitas vezes não sabem nem ler ou interpretar um texto nos bancos universitários.

Ah... mas tem solução para isso também! A notícia dizia que as instituições terão que dar aulas de reforço para esses alunos cotistas, garantindo que eles acompanhem o curso. Quem é professor aí levanta a mão! Um aluno sem base consegue pular etapas com algumas aulas de reforço? NÃO! As aulas de reforço deveriam ser oferecidas a TODOS que fazem uso do ensino fundamental e médio públicos para garantir a entrada nos cursos universitários.

De mais a mais, qual o documento que prova que um aluno é negro ou índio? No Brasil, segundo IBGE (2008) 56,2% da população brasileira se autodeclarou negro, pardo ou indígena (http://noticias.uol.com.br/especiais/pnad/ultnot/2009/09/18/ult6843u18.jhtm). O artigo científico abaixo constatou que, das pessoas autodeclaradas brancas em todo o país (os outros 43,8%), apenas 39% tinha marcadores de raça européia no DNA mitocondrial. Ou seja:
de cada 100 brasileiros,
43 dizem que são brancos
17 não apresentam marcadores de ancestrais africanos ou indígenas.

http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v12n2/05.pdf

Vamos disponibilizar nosso DNA para exame? Será que sou um desses 17?

E o repórter falou que o governo declara que o grande desafio é melhorar a qualidade do ensino médio... E o fundamental? É lá que o aluno aprende a ler, interpretar, escrever, fazer contas, raciocinar. Ou isso também não precisa para as universidades?

E para completar a salada mista, o currículo do ensino médio público vai ser adaptado ao ENEM porque tem muita matéria que é dada que não cai na prova. Oi? Alguém me corrija mas, não deveria ser ao contrário?

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI6117745-EI8266,00-Mudanca+curricular+no+ensino+medio+divide+educadores+no+Brasil.html

Essa é a maravilhosa receita para se acabar com as universidades públicas, como já foi feito com as escolas.