segunda-feira, 27 de junho de 2011

Homofobia e Kit Gay do MEC

Oi gente

Hoje vou fugir um pouco dos meus assuntos tradicionais.

Depois de ver muito bate-boca, muitos vídeos na Internet e diversas discussões de pessoas altamente parciais (tanto de um lado quanto do outro), resolvi fazer um texto sobre a minha opinião.

Na verdade, já começo dizendo que acho que o post será inútil pois nesse tipo de discussão, em geral, não se muda a opinião de ninguém afinal, que é a favor, normalmente, é radicalmente a favor e quem é contra, normalmente, é radicalmente contra.

Minha única pretensão é talvez expor alguns pontos de vista que quem lê pode não ter considerado e que isso faça com que as pessoas reflitam sobre esses pontos antes de se posicionarem.

Quem me conhece sabe... sou hétero (ou estou, como diz uma grande amiga - kkkkkkk), casada há 8 anos e tenho 3 filhinhas pequenas.

Estive hoje durante o dia assistindo os vídeos que o MEC fez para o chamado KIT GAY que deveria ser distribuído nas escolas brasileiras e tropecei nesse vídeo da Myrian Rios e resolvi começar por ele.

Primeiramente, acho que a ilustre deputada deveria se informar um pouquinho mais antes de dar um discurso desse. Não porque eu discorde de sua opinião (embora discorde) mas, para não falar tantas abobrinhas.

A ex-atriz parece, ao meu ver, não entender muito bem o significado usual da expressão "orientação sexual". Quando ela fala em orientação sexual me parece que ela esteja falando daquilo que a pessoa está disposta a aceitar ou não. Para esclarecer, a expressão "opção sexual" já foi aposentada porque não há opção real ou você que é hetero algum dia acordou e pensou "está na hora de eu decidir se vou gostar de homem ou de mulher"? A pessoa nasce como é! A única opção que a pessoa tem é assumir publicamente ou não. Daí, a nova expressão "orientação sexual" que é mais aceita hoje em dia.

Outro ponto que acho complicado é o exemplo que ela dá sobre contratar alguém para cuidar das filhas ou filhos... Achei a historinha muito infeliz por alguns pontos:

  1. A babá lésbica pode querer bulinar as meninas? Para começar, há zilhões de anos se contratam mulheres para serem babás de meninos. Aí não tem problema? E de mais a mais, só porque a pessoa é gay, é depravada e pedófila? Se quiser mexer com as crianças não tem que ser demitida por ser homossexual, deve ser preso por pedofilia.
  2. Você tem liberdade total para escolher quem trabalha em sua casa. Se o cara vai vestido de mulher trabalhar, ele pode ser demitido por não se vestir de acordo com as exigências do cargo, desde que essas exigências sejam especificadas. Se a babá está falando o que você não quer com as crianças ou se comportando de maneira inadequada, você também pode demití-la.
A única coisa que ela falou e que eu tive que parar para pensar é na brecha que essa redação pode abrir na lei, para a pedofilia. Calma... não se desesperem... O que acontece é que juiz tem que julgar pelo que está escrito e não o que foi a intenção de quem escreveu a lei. Por isso eu imagino que existiria a possibilidade de algum advogado de algum pedófilo conseguir  (ou tentar) livrar alguém alegando que a "orientação sexual" do cliente é gostar de criança. Assim, minha opinião é de que na redação do texto deveria ser especificado o significado da expressão.

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KIT GAY do MEC

Bom... quanto à campanha do governo contra a homofobia, fico me perguntando quem é que tem as idéias dessas campanhas. Não me entendam mal... eu sou totalmente a favor de uma campanha contra a homofobia nas escolas. A bem da verdade, acho que era mais fácil simplesmente ensinar a aceitar que cada pessoa faz de sua vida aquilo que quiser, desde que não faça mal aos outros.

Mas já que quer fazer companha contra a homofobia faz direito, né? Vou postar aqui os links dos videozinhos que o MEC fez e que vazaram na internet para quem quiser ter opinião própria.






Olha... vou falar a verdade... eu não sei a que faixa etária esses vídeos foram destinados mas, como mãe, se isso fosse exibido a minhas filhas antes da adolescência, eu acharia inapropriado mesmo que fossem vídeos de casais heterossexuais. O das meninas teve o final mudado, no original era um beijo no meio do pátio do colégio.
Por outro lado, acho que esses vídeos exibidos para adolescentes vão virar piada.

Se posso dar minha singela contribuição de quem não é gay, psicóloga, psiquiatra, marketeira, publicitária, etc.? Acho que as coisas poderiam ser muito mais simples e menos polêmicas. Pare para pensar as coisas que te deixam mais à vontade. Não são aquelas que você vê como naturais quando é criança? Então quem sabe o governo não poderia passar a incluir as famílias modernas nas campanhas.

Vai ter campanha de vacinação? Coloca lá no cartazinho junto com as famílias brancas, negras, indígenas e orientais que já povoam os materiais publicitários, uma família com dois pais ou duas mães. Num filminho em que apareça uma turma de adolescentes, coloca duas mocinhas abraçadas (ou mocinhos). Não precisa mostrar a coisa como conflito, como diferente. Dessa forma, quando a criança percebesse a diferença perguntaria, por exemplo: "tia, por que aquela menina tem dois pais e nenhuma mãe?"  "porque, querido, nem todas as famílias são iguais... algumas tem só mãe, outras, só pai , outras, dois pais e etc." 

Não era mais fácil?

Ah... e mais uma observação... Depois da cartilha do MEC com erros de português, agora o vídeo contra a homofobia tem erro de matemática... Se o rapaz tem o dobro de chance de achar alguém que ele goste, ele tem 100% de aumento nas chances e não 50% como está no vídeo sobre a aula de probabilidade... FALA SÉRIO MEC!!!!!!

Bom... se falei alguma asneira, por favor me corrijam e, por favor, sintam-se livres para deixar aqui suas opiniões contra ou a favor. Só o debate faz a gente considerar todos os pontos de vista. Só apago comentários com palavreado chulo, ok?

Beijos

terça-feira, 21 de junho de 2011

Apenas Renata

Oi gente

Hoje estou com vontade de escrever mas sem muita idéia de por onde começar. Na verdade, hoje, como ontem estou meio desanimada.

Semana que vem o Marlon volta a trabalhar. A princípio será por meio-período. Não sei bem o que pensar. Cada vez que penso em tudo isso, fico nauseada, passo mal. Ontem me senti pior ainda. Tinha ondas de calor e tonturas. Acabei por ir ao médico e ele disse que eu estava com uma taquicardia. Fiquei no soro com medicação e saí de lá bem melhor. Fiz alguns exames (inclusive de gravidez - fala sério, né?) e nada foi detectado. Segundo ele, pode ser ansiedade... bom... eu queria deixar logo tudo isso para trás e na maioria dos dias eu consigo.

O problema é que desde ontem estou me sentindo fisicamente mal. No geral, tento ser animada, deixar esse tipo de preocupação de lado mas ando cansada de ser forte. Esse último ano foi bem puxado para mim, com o final da gravidez complicado, a cirurgia da Iris, esse problema com o Marlon. Agora é que estou começando a me cuidar um pouco mais. Ando cansada de ouvir que sou uma super-mãe, uma super-mulher, uma super-esposa...

Hoje eu queria ter o direito de ser apenas a Renata.